sexta-feira, 24 de julho de 2015

Livros pra ler durante as férias.

Não sei vocês, mas eu sou obcecada por leituras. E nada melhor do que colocar a leitura em dia escolhendo uma boa história, né? Pensando nisso, selecionamos 4 livros incríveis pra vocês lerem ainda nessas férias (dá tempo!). Tem dicas para todos os gostos com autores nacionais e internacionais que adoramos. Confiram abaixo!
Divergente – Veronica Roth 
Tudo começa quando Beatrice Prior, uma jovem de 16 anos, precisa fazer uma escolha. Ela vive em uma versão futurista de Chicago, que é dividida em cinco facções, cada uma com seus costumes e benefícios para a sociedade: a Abnegação, a Amizade, a Audácia, a Franqueza e a Erudição. Beatrice vive com sua família na Abnegação, a facção das pessoas altruístas, que vestem cinza e não são nem um pouco vaidosas, sempre pensando no próximo antes de si mesmo. Complicado? Tudo bem, vamos prosseguir. Quando os jovens fazem 16 anos eles precisam passar por uma cerimônia que definirá o resto de suas vidas. Cada um precisa escolher se permanecerá na própria facção ou se migrará para alguma outra. É por isso que existem os testes de aptidão, para auxiliar cada um em suas escolhas. Alguns seguem os testes, outros o ignoram e permanecem em suas facções com suas famílias. Depois da cerimônia eles devem passar por uma iniciação, onde são testados. Mas alguns desistem, e nem todos podem passar nos testes. Estes viram sem-facção, e são obrigados a viver na pobreza, como mendigos, simplesmente invisíveis. A vida de Beatrice começa a mudar quando seu teste é inconclusivo. Ela não tem aptidão para uma facção, mas para três: Abnegação, Audácia e Erudição. Tori, membra da Audácia que aplicou o teste em Beatrice a auxilia a nunca, em hipótese alguma, contar isso a alguém. Um teste inconclusivo é sinal de Divergência, algo muito perigoso, que pode colocar sua vida em risco. Agora ela sabe que é Divergente, mas não faz ideia do que seja isso, ou o por quê de ser perigoso. Tudo o que ela sabe é que deve esconder-se em uma facção, e não chamar atenção para si. Mas, ao invés de escolher permanecer na Abnegação, ela escolhe a Audácia, a facção dos corajosos. E agora ela não é mais Beatrice, é Tris Prior, iniciada da Audácia. E, além de ter que sobreviver em uma facção onde as pessoas não tem medos, ela terá que sobreviver a algo que ela não faz ideia do que seja: ser Divergente. O livro é ótimo, cheio de ação e suspense. Tem também um pouco de romance, mas não chega a ser aquele tipo de romance enjoado que estraga toda a ação do livro. É um romance moderado e até mesmo cativante. Vejo muitas pessoas tentarem comparar Divergente com Jogos Vorazes (acho que é moda comparar qualquer distopia com THG, até livro de receita tão querendo comparar), mas não vou fazer isso. Divergente é bom porque é bom, não porque é parecido ou não com outro livro. Leia sem querer comparar e a experiência será ótima.
Jogos Vorazes – Suzanne Collins 
Jogos Vorazes é uma distopia, ou seja, uma história narrada num futuro marcado por uma realidade opressiva e um governo controlador. Ambientalizada no que hoje é os Estados Unidos, a narração nos leva até o continente Panem, dividido por uma Capital e 13 distritos. Porém, o décimo terceiro distrito foi riscado do mapa há 74 anos por conta de uma rebelião fracassada, esmagada pela Capital e seu governo dominador. Por conta desses anos de guerra, a Capital criou os Jogos Vorazes... Todo ano seriam sorteados dois tributos (um masculino e outro feminino) de cada distrito para que matassem uns aos outros até sobrar um: o vitorioso. Como um símbolo do fracasso da rebelião, os Jogos Vorazes existem para entreter a população da Capital e, sobretudo, para demonstrar aos distritos quem é que detém o poder.
E é no caos do distrito 12 que mora Katniss Everdeen, uma garota de 16 anos que caça ilegalmente na floresta para fornecer comida à sua família depois que seu pai, um trabalhador das minas de carvão do distrito, morreu numa explosão quando ela tinha apenas 11 anos de idade. Sua maior preocupação já não era mais encontrar comida para sua mãe e sua irmã, mas sim a Colheita daquele ano. A Colheita é o dia em que os tributos são sorteados e vão para os Jogos. Seu nome já estava inscrito várias vezes (até porque você pode se inscrever mais de uma vez em troca de alimento), mas aquele era o primeiro ano de sua irmã menor Prim. E ela sabia o efeito que isso causava na menina: pânico.
Pois Prim é sorteada para ser o tributo feminino daquele ano e, num ato desesperado e espontâneo, Katniss se voluntaria no lugar da irmã. Ela iria para uma arena matar e ser morta... Em nome de que?

A menina que roubava livros - ZUSAK, MARKUS

A menina que roubava livros” é uma história ambientada na Alemanha nazista, e nela conhecemos Liesel Meminger, uma menina doada a uma família de alemães por sua mãe, que a deixou para trás por proteção, por ser comunista. Liesel era muito jovem quando entrou em uma casa totalmente nova e desconhecida, com novos pais igualmente desconhecidos, e tudo o que lhe restava era acostumar-se àquele ambiente e àquelas pessoas. Ou fugir. Porém, esse objetivo nunca foi concretizado, e Liesel, com o tempo, aceitou que aqueles estranhos, já não tão estranhos assim, eram seu novo pai e nova mãe.





Depois dos quinze / Quando tudo começou a mudar - Bruna Vieira
A obra é fruto de um sonho que começou depois que sua autora teve seu coração partido e começou a escrever em um blog, também intitulado Depois dos Quinze. Foi no ambiente virtual que Bruna Vieira percebeu que a escrita poderia ajuda-la a superar muitas de suas dores e que estas mesmas dores não eram apenas suas, mas também de suas leitoras. Conforme o blog foi crescendo, ela se libertou dos velhos fantasmas e ganhou fama entre o mundo das blogueiras teensDepois dos Quinze: quando tudo começou a mudar segue a mesma linha dos textos do blog e, com sua linguagem simples e poética, cativa a todos já na primeira página! 
E por falar em página, o projeto gráfico da obra é incrível! Além de a capa ser simplesmente linda, dentro a tipografia é de extremo bom-gosto! No final (página 198), há uma sugestão de trilha sonora para ler o livro ouvindo, o que mostra que a Bruna Vieira pensou mesmo em todos os detalhes e fez o sua obra de estreia com o maior carinho do mundo!
Ainda que o amor seja o grande fio condutor de toda a obra, a autora consegue abordar em seus textos temas como a mudança, a (in)segurança, o amadurecimento, a solidão e os diversos graus de relacionamento (entre familiares, colegas e é claro, pares amorosos). Há ainda textos metalinguísticos em que é retratado como o processo de escrita é libertador nos momentos difíceis. Sobre o amor, deve-se ressaltar que Bruna Vieira sabe transitar entre o “viveram felizes para sempre” e a “realidade nua e crua” com uma naturalidade vista na vida real! Então, não se engane pensando que o livro é baseado nos finais felizes hollywoodianos, porque ele não é. Ainda assim, a autora é dotada de uma sensibilidade incrível para descrever a pior tormenta e conseguir tirar algo de bom em meio à solidão. É impossível não se identificar, não parar para comparar como ela vê a vida e como nós, seus leitores, fazemos o mesmo. É impossível não tirar uma lição ou ao menos uma inspiração de cada uma das histórias ali escritas. E é justamente isso que faz de Depois dos Quinze: quando tudo começou a mudar tão fantástico e tão querido. 
Está é, sem dúvida, uma daquelas obras que lemos e ficamos com aquela saudade e com aquele gosto de “quero mais”, ao chegarmos ao último ponto final.

“Através da escrita, eu me livro e me lembro do que já não me serve. Do que ficou, do que não foi e do ainda pode ser”. (Bruna Vieira)

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